terça-feira, 17 de julho de 2012

"Troco o príncipe encantado pelo lobo mau"


Esperar 100 anos para receber um beijo do príncipe encantado?

Passar 365 dias do ano limpando banheiro para poder ir a um único baile no palácio?

Comer biscoito com a vovó em vez de dar uns amassos no lobo mau?

"... Enquanto as princesas dormem, as bruxas voam."

 Depois da capa desse livro e uma pitadinha dessa sinopse alguém por acaso ainda está procurando mais algum motivo pra conhecer os argumentos de Raquel Sánchez Silva?
 Sem dúvida alguma essa jornalista sabe usar inteligência e bom humor para convencer suas leitoras de que é fundamental para a mulher contemporânea deixar de lado os esteriótipos de princesinha inofensiva e inocente e correr atrás dos seus desejos, nem que para isso tenha que virar uma madrasta gótica, sensual e acima de tudo determinada!
 Eu não sou lá nenhuma especialista em críticas de literaturas, mas não posso deixar de dar meus palpites sobre alguns que já li e recomendar a um ou outro. Inclusive, quando comprei o livro de Raquel, o fiz pensando justamente em confrontar minhas convicções (que já não são segredo pra vocês - vide "Conto de fadas: você ainda acredita???") com as ideias revolucionárias dela. Além é claro, de ter sido inteiramente fisgada (e ludibriada) pelo título, "Troco o príncipe encantado pelo lobo mau", e pela capa, que cai entre nós é um pecado de tão convidativa (ai ai ai ui ui...).
 Enfim, suspiros a parte, percebi que na verdade o livro nem faz tanto o meu gênero assim. Eu já tenho dito em outros post's, que defendo algumas coisas intrisecamente ligadas ao nosso imaginário e nossa cultura, e sempre tento trazer esse imaginário para a nossa realidade, afinal o lugar do puro e simples conto de fadas é no mundo da fantasia. Talvez pra mim, que graças a Deus tive uma infância regada a muito Wall Disney, a "verdade" defendida por Raquel é muitas vezes radical demais. Em alguns momentos até seu lado divertido e sargaz acaba tendo um sutil traço masculinizado, o que não considero ser moderno, pois cada um é cada um, e não é porque eles fazem que eu tenho que fazer... há mulheres que se sentem bem ocupando características deles e há outras que possuem o direito de serem românticas e não serem taxadas de antiquadas por isso, pois até onde sei esse item nunca esteve presente em pratileira alguma para simplesmente ser tirado de circulação.
 Acho que já estou fazendo uma confusão na cabeça de vocês não é? Afinal, é pra ler o livro ou não?
 Claro que sim. Eu só atesto que nem sempre ela detém a verdade absoluta e é necessário você mesma tirar suas conclusões.
 Raquel é genial em algumas de suas colocações. Ela tem conteúdo, é dinâmica e seu livro não trata apenas de relacionamentos. Ela fala sobre assuntos que muitas vezes, mesmo os livros de autoajuda não querem falar. Ela quebra tabus, derruba preconceitos, desperta para novas visões e ainda deixa aquele gostinho de quero mais em alguns capítulos.
 Ao contrário do que se possa imaginar ele não é um simples livro de autoajuda que vai te consolar porque você perdeu o príncipe encantado ontem e tá doida pra virar o mundo ao averso só pra mostrar que é moderninha... ah, nem vai querer te convencer que você não precisa de um espelho mágico te falando a cada cinco minutos o quanto que você é bonita pra se sentir assim.
 No fundo, no fundo o que ela quer é mostrar que tentar ser uma princesa o tempo todo pode não ser o caminho para o tão sonhado "felizes para sempre". É preciso deixar de ser fruto de uma fantasia infantil e virar de uma vez por todas uma mulher de verdade. Mulher que erra e acerta ao escolher um carinha pra sair; Mulher que não espera a vida acontecer e vai em busca do que quer; Mulher que engorda e emagrece; Mulher que não tem vergonha de falar sobre sexo, felicidade, sentimentos, carreira, família; Mulher que há tempos já não sabe mais fazer milagres para esperar por alguém que não existe ou mantém um relacionamento que não deveria existir!
 É nesse ponto que concordo com Raquel, na essência de alguns assuntos que ela discorre. É preciso acordar pra vida real e ser feliz, sem depender dos outros pra isso ou petrificar suas convicções do século retrazado.
 A única coisa que meu senso crítico não aceita de forma alguma é que para ser moderna e descolada eu tenho que deixar de ser o que sou. Isso seria apenas trocar um esteriótipo por outro... deixar de ser a princesinha para virar a bruxinha e pronto! Sem essa de julgar todos os casos como se fossem uma coisa só;  de querer me convencer que toda amiga do seu namorado é uma "Sininho traíra"; de ter sempre segundas intenções por trás de uma "fada madrinha"...
 Eu troco o príncipe encantado pelo lobo mau... desde que eu não tenha que tosar seus pêlos, cortar suas unhas ou ficar vigiando ele 24h pra que não assuma uma bela pele de cordeiro e dê uma puladinhas de cerca com umas e outras cabritinhas por aí.


Ah, e eu não poderia encerrar de outra forma senão fazendo minhas as suas palavras ao afirmar que...

"Na realidade, todas queremos o mesmo: um lobo apaixonado sábado à noite, e um príncipe doce que nos acorde aos domingos de manhã."

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Slogans super sinceros de marcas famosas

Vocês já pararam para pensar como seriam os slogans de determinadas marcas se eles realmente fossem 'sinceros' com os clientes?
Estava aqui na net pesquisando um material para uma postagem futura, quando me deparei com uma brincadeira dos internaltas sobre slogans de marcas famosas... e posso garantir, são no mínimo engraçadinhos, vai?!
Para alguns pode até parecer piada de mau gosto com o trabalho alheio, mas eu diria que se essas marcas, contempladas pelos "tiradores de sarro" com seus slogans sinceros, só foram lembradas graças ao trabalho brilhante de seus respectivos publicitários, que foram além do divulgar o produto e fizeram com que os slogans verdadeiros fossem inesquecíveis.
Parabéns pela criatividade dos slogans verdadeiros e sinceros...



segunda-feira, 25 de junho de 2012

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Se prometeu, agora cumpre!


Eu não sei vocês, no entanto pra mim promessa é dívida. Pena que de uns tempos pra cá tenho percebido nas pessoas certa falta de compromisso com a palavra dada. E me perdoem os meninos, mas vocês então... aff, estão se tornando cada vez mais mestres nesse assunto.
Sem querer provocar a “guerra dos sexos” aqui, mas já provocando, quantas vezes aquele carinha superinteressante ficou de ligar e não ligou; e o que falar da ajudinha “extra” do irmãozão com as atividades em casa em um dia catastrófico, a qual não “rolou”, óbvio né?!; ah, tem ainda a ‘liberdade’ depois dos 18 prometida pelo pai; o cineminha com o amigo que você não vê a muito tempo que não saiu nem do papel, ou melhor, do e-mail; a aulinha de reforço com o primo nerd; o acordo de entrega de trabalho com o professor mais rigoroso da escola – afinal da próxima vez você vai (ou pelo menos deveria) se dedicar mais; o aumento de salário solicitado ao chefe depois de fazer nada menos que o humanamente impossível; os assuntos que nunca mais viriam à tona em outra briguinha de casal voltam com força total quando seu namorado (marido, ficante ou qualquer outro nome que você queira dar) repentinamente esquece do que havia sido acordado – e ele faz isso com uma facilidade absurda! Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Parece besteira, mas quantas vezes você não ficou aí esperando por aquele “te ligo amanhã”, ou o “estarei pronta às 12h”, ou quem sabe o “passo aí daqui a pouco pra te buscar” e também o sonhando “deixa que hoje eu lavo a louça”, mas nada é tão destruidor quanto o poder de um “NUNCA MAIS EU FAÇO ISSO!” ou de um “PRA SEMPRE”.
 Posso até estar dando mais ênfase ao meu discurso feminista, mas eu queria muito entender por que os homens geralmente estão mais propensos a prometer e não cumprir do que nós, que mesmo tendo certeza disso, ainda acreditamos! É lógico que as mulheres também tem cá suas caídas e deixam de fazer algo que prometeram. No entanto a força do nosso “Eita, esqueci!” ou “Desculpa, mas demorei pra me encontrar no guarda-roupas...” é muito maior do que o “Eu não disse isso, foi você que entendeu errado” deles. E se a gente for olhar direitinho, é fácil perceber que grande parte da culpa está na nossa própria cultura, ou vocês acreditam que algum noivo reclama do atraso da noiva só por causa da hora do convite? Ou melhor, tem algum cara aí que já deixou de ficar com uma menina que ele sabe que já pegou o alfabeto inteiro na balada só porque ela jurou que era só dele? (Foi pesado agora, né?! Tenho certeza que vai aparecer pelo menos uns 20 dizendo que sim, só pra não admitir... uahsuahushasuhauh)
Bem... mas diferenças à parte, honrar com sua palavra não tem idade, sexo, cor ou religião e muitas vezes aquilo que julgamos não fazer a mínima diferença pode de fato magoar a outra pessoa. Se você acha chato quando acredita em alguém ou alguma coisa que ela tenha tido e no final das contas acaba se decepcionando então é bom que aprenda a não fazer isso com os outros. Prometer aquilo que você sabe que tem grandes chances de não cumprir além de ser uma tremenda falta de respeito para com o outro é desleal até com você mesmo.
O “X” da questão não está simplesmente no fato de deixar de cumprir com algum compromisso seu, mas o problema é quando isso vira um hábito. É dizer que vai fazer e simplesmente ignorar. É cobrar confiança e jogá-la fora na primeira oportunidade. É pedir desculpas agora, para repetir o erro daqui a cinco minutos. É esquecer que só podemos colher aquilo que semeamos.
Não estou dizendo que surgirão a partir de agora uma legião de robôs que calculam cada passo dado e cada palavra dita só para não magoar nem criar expectativas nos outros, mas ter o mínimo de bom senso ao tomar decisões que possam afetar a terceiros já é um bom começo. E se o controle da situação não estiver em suas mãos, um pedido de desculpas sincero nunca sai de moda.
Se prometeu, agora cumpre! Mas se não der pra cumprir, converse...

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

1 Ano de blog hoje!!!


 Pessoal, estou passando aqui só pra falar a vocês que estamos fazendo um aninho hoje!

 Por isso, gostaria de agradecer a todos pelas visitas constantes, pela paciência (sim, pq eu reconheço q eu não faço posts, escrevo verdadeiros capítulos aqui!), pelos comentários, pelos e-mails e acima de tudo por compartilhar um pouco das minhas opiniões. Fico imensamente grata aos que conhecem de perto a importância de ter esse espaço aqui com vocês e que acreditaram nesse projeto, fazendo com que fosse possível dividir o que pra mim não é um sonho, é uma 'válvula de escape' nos dias difíceis... creiam, às vezes é muito difícil ser você mesma.

 E não teria outra forma de agradecer a marca das 1.128 visualizações de páginas, senão repartindo com vocês minha alegria ao ver algumas das estatísticas do nosso blog:
* Foram 14 visualizações de página até o meio dia de hoje e 160 no mês de janeiro desse ano;
* Os posts mais visitados são: "E agora??? Com que roupa eu vou?" - 126, "Mensagem de boas vindas" - 103 e "Feliz dis dos namorados" - 65;
* Os sites de refência que mais trazem ao nosso blog é o Google com 372, o Yahoo Answers com 134, o Bing com 31 e o Facebook com 23;
* O navegador mas utilizado é o Firefox (40%);
* E por fim, o dado que mais de deixa entuasiasmada... Hj já temos visitantes  do Brasil, Estados Unidos, Portugal, Alemanha, Angola, Itália, Japão, Emirados Árabes Unidos, China e Coréia do Sul.

 Bem, é isso... espero que esse seja o primeiro de muitos anos que passaremos juntos, até pq ainda tem muita coisa pra ser dita, já que tema é o que não falta, não é?! Até breve...

 Muito, muito, muito obrigada!
Thank you! 
 Danke!
 Grazie!
 ありがとうございました!
  謝謝!
  감사합니다!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

S E P A R A Ç Ã O

    CHEGAAAAAA, NÃO DÁ MAIS... AGORA É O FIM!
   Quando tive a ideia de falar sobre separação, o fiz pela quantidade de indagações que percebi 'rolarem' na cabecinha dos que de alguma forma cogitam (ou cogitaram) tal hipótese. São lembranças, atitudes, fatores psicológicos, enfim, tudo o que de algum jeito influencia um dos lados a finalmente dar o primeiro passo. Mas o que é mais difícil... admitir pra si mesmo que a relação não vai bem e precisa de um ponto final ou convencer o(a) parceiro(a) disso? É mais fácil deixar ou ser deixado(a)?

   O tema é tão polêmico que se pararmos para analisar descobriremos meio mundo de músicas tratando dele, filmes com inúmeros exemplos de separações consensuais e litigiosas, novelas cujo o clímax sempre paira em pelo menos uma separação, e sem contar os diversos livros que tanto ajudam a lidar com a situação como os que a romantiza para minimizar seu efeito devastador no coração despedaçado.
   Lidar com uma separação, de fato, não é fácil. Na maioria das vezes a coragem acaba dando lugar ao comodismo e o que poderia ser decidido de forma simples termina por se transformar em um 'mar' de desilusões. No entanto, faz-se necessário que se tenha bastante confiança ao se tomar um passo tão importante como este na vida do casal, pois para voltar atrás é preciso que os dois queiram, o que nem sempre acontece.
   No ano de 2010, graças principalmente ao fim do prazo mínimo para dissolução do casamento, a taxa de separações atingiu seu maior patamar desde a década de 80. Dessas separações, 71% foram consesuais e 71,5% surgiram por iniciativa do sexo feminino, cuja média de duração foi de 16 anos de relação. Em contrapartida é bom salientar que o número de casamentos também aumentou (4,5% em comparação ao ano anterior). Esse blá blá blá todo serve para comprovar uma atitude que sem dúvidas vem sendo percebida por muitos de nós nos últimos anos: ficar preso em um relacionamento que já não é mais 'cor de rosa' é coisa de mulher do século XIX ou XX.
   As mulheres cada vez mais têm percebido que podem e devem ser felizes. Antigamente, ser separada ou desquitada seria motivo para olhadas de despreso e por isso era preferível manter um relacionamento de fachada por anos a fio até que o dito cujo partisse para a "terra dos pés juntos" do que ser apontada por todos na rua. Outro fator que se levava em consideração era, e ainda é em alguns casos hoje, a dependência da mulher em relação ao homem. Dependência esta que não é só financeira, como se imagina a princípio, mas psicológica, emocional e, porque não, espiritual.
   É bem verdade que quando a pessoa tem conciência de que sua relação com o parceiro deixou de ser saudável fica muito mais natural mostrar um caminho distinto para os dois ao outro, apesar de que trilhar seu próprio caminho já é fundamental em uma relação onde cada um preserva sua individualidade e por isso prolonga sua longevidade a dois. Não que a tarefa seja fácil e nem se tenha uma garantia de que tudo isso encerrou de vez ali, afinal a separação não significa que os envolvidos tenham que obrigatoriamente virar inimigos, contudo quando se há certeza que chegou a hora de cada um tomar seu rumo por mais difícil que seja para o outro aceitar cabe a você resistir.
   Eu não estou aqui para bancar a destruidora de lares nem a aniquiladora de casamentos, por isso reitero tanto que é preciso ter bastante certeza dos seus sentimentos. A questão é que defendo o fato de que "é melhor estar só do que mal acompanhado", "quando um não quer dois não bringam", "águas passadas não movem moinhos" e "que seja eterno enquanto dure!". As pessoas precisam entender que sua felicidade não pode ser depositada como responsabilidade de terceiros. Eu só posso ser feliz se me sentir bem comigo mesma, o que nem sempre condiz com a situação pela qual estou passando no momento, cabendo única e exclusivamente a mim decidir o que realmente importa.
   E se me permitem sugerir, um livro ótimo para essas horas é "Uma história de amor... com final feliz" de Flávio Gikovate. Gosto da sua abordagem porque ele mostra que o 'final feliz' do século XXI não decorre da fusão de duas metades e sim de dois inteiros que ao se relacionar podem prosseguir num novo molde de relação afetiva ou, se não der certo, encarar uma solidão saudável, pois o que realmente deve interessar é a busca pela sua felicidade.
   Ah, e antes de encerrar nossa conversa, eu não poderia deixar de dizer pra vocês que tão difícil quanto se deixar alguém é ser deixado por quem ainda se ama. É preciso que 'os tempos' de cada um sejam respeitados para que as marcas e feridas sejam devidamente saradas e qualquer tipo de insatisfação não venha a ser levado a outros relacionamentos posteriores. Sofrer pelo que você fez é compreensível, mas sofrer por marcas de outras pessoas, ninguém merece!


Fontes:
http://g1.globo.com/brasil/noticia/2011/11/numero-de-divorcios-no-brasil-e-o-maior-desde-1984-diz-ibge.html
http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u390722.shtml