segunda-feira, 21 de maio de 2012

Se prometeu, agora cumpre!


Eu não sei vocês, no entanto pra mim promessa é dívida. Pena que de uns tempos pra cá tenho percebido nas pessoas certa falta de compromisso com a palavra dada. E me perdoem os meninos, mas vocês então... aff, estão se tornando cada vez mais mestres nesse assunto.
Sem querer provocar a “guerra dos sexos” aqui, mas já provocando, quantas vezes aquele carinha superinteressante ficou de ligar e não ligou; e o que falar da ajudinha “extra” do irmãozão com as atividades em casa em um dia catastrófico, a qual não “rolou”, óbvio né?!; ah, tem ainda a ‘liberdade’ depois dos 18 prometida pelo pai; o cineminha com o amigo que você não vê a muito tempo que não saiu nem do papel, ou melhor, do e-mail; a aulinha de reforço com o primo nerd; o acordo de entrega de trabalho com o professor mais rigoroso da escola – afinal da próxima vez você vai (ou pelo menos deveria) se dedicar mais; o aumento de salário solicitado ao chefe depois de fazer nada menos que o humanamente impossível; os assuntos que nunca mais viriam à tona em outra briguinha de casal voltam com força total quando seu namorado (marido, ficante ou qualquer outro nome que você queira dar) repentinamente esquece do que havia sido acordado – e ele faz isso com uma facilidade absurda! Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Parece besteira, mas quantas vezes você não ficou aí esperando por aquele “te ligo amanhã”, ou o “estarei pronta às 12h”, ou quem sabe o “passo aí daqui a pouco pra te buscar” e também o sonhando “deixa que hoje eu lavo a louça”, mas nada é tão destruidor quanto o poder de um “NUNCA MAIS EU FAÇO ISSO!” ou de um “PRA SEMPRE”.
 Posso até estar dando mais ênfase ao meu discurso feminista, mas eu queria muito entender por que os homens geralmente estão mais propensos a prometer e não cumprir do que nós, que mesmo tendo certeza disso, ainda acreditamos! É lógico que as mulheres também tem cá suas caídas e deixam de fazer algo que prometeram. No entanto a força do nosso “Eita, esqueci!” ou “Desculpa, mas demorei pra me encontrar no guarda-roupas...” é muito maior do que o “Eu não disse isso, foi você que entendeu errado” deles. E se a gente for olhar direitinho, é fácil perceber que grande parte da culpa está na nossa própria cultura, ou vocês acreditam que algum noivo reclama do atraso da noiva só por causa da hora do convite? Ou melhor, tem algum cara aí que já deixou de ficar com uma menina que ele sabe que já pegou o alfabeto inteiro na balada só porque ela jurou que era só dele? (Foi pesado agora, né?! Tenho certeza que vai aparecer pelo menos uns 20 dizendo que sim, só pra não admitir... uahsuahushasuhauh)
Bem... mas diferenças à parte, honrar com sua palavra não tem idade, sexo, cor ou religião e muitas vezes aquilo que julgamos não fazer a mínima diferença pode de fato magoar a outra pessoa. Se você acha chato quando acredita em alguém ou alguma coisa que ela tenha tido e no final das contas acaba se decepcionando então é bom que aprenda a não fazer isso com os outros. Prometer aquilo que você sabe que tem grandes chances de não cumprir além de ser uma tremenda falta de respeito para com o outro é desleal até com você mesmo.
O “X” da questão não está simplesmente no fato de deixar de cumprir com algum compromisso seu, mas o problema é quando isso vira um hábito. É dizer que vai fazer e simplesmente ignorar. É cobrar confiança e jogá-la fora na primeira oportunidade. É pedir desculpas agora, para repetir o erro daqui a cinco minutos. É esquecer que só podemos colher aquilo que semeamos.
Não estou dizendo que surgirão a partir de agora uma legião de robôs que calculam cada passo dado e cada palavra dita só para não magoar nem criar expectativas nos outros, mas ter o mínimo de bom senso ao tomar decisões que possam afetar a terceiros já é um bom começo. E se o controle da situação não estiver em suas mãos, um pedido de desculpas sincero nunca sai de moda.
Se prometeu, agora cumpre! Mas se não der pra cumprir, converse...